Empenhar-nos em renunciar a nossos pecados, pode impedir-nos de renunciar a nós próprios.

quinta-feira, dezembro 04, 2014


Empenhar-nos em renunciar a nossos pecados, pode impedir-nos de renunciar a nós próprios.
Suponhamos que você decida dar estudos bíblicos a alguém. Você vai até o pastor e pede-lhe que indique interessados com potencial de se tornarem membros da igreja. E ele diz: “Bem, de fato tenho duas famílias que solicitaram estudos. Você pode escolher a que preferir.” E ele passa a descrevê-las.
A primeira é de um comerciante de êxito na cidade. Ele e a esposa gozam de excelente conceito na comunidade. A esposa realiza trabalho voluntário no hospital da cidade, enquanto o marido tem ligações com a política local. Seus filhos são bem disciplinados. A casa deles é muito limpa. Nenhum membro da família fuma ou bebe. Alguns anos atrás se interessaram por boa saúde e agora não só saem em exercício de “cooper”, percorrendo oito quilômetros por dia, como são vegetarianos também. Na verdade, foi o interesse deles, com questões de saúde, que os levou a buscar informações sobre os adventistas do sétimo dia.
A segunda família vive no centro da cidade num pequeno apartamento em cima de um bar. Marido e esposa – talvez eu deva dizer o homem e a mulher, pois apenas vivem juntos – não são casados legalmente. Seja como for, o casal está desempregado; são sustentados pelo serviço social. O homem já cumpriu sentenças na prisão local por pequenos delitos mais de uma vez – acusado de posse de narcóticos, furtos, e coisas desse tipo. A mulher é alcoólatra, obesa e mãe de três filhos, cada um de pai diferente e nenhum deles relacionado com o atual “chefe da família”. Poucas semanas atrás, o juizado de menores recolheu as crianças da casa temporariamente, acusando os pais de negligência e violência contra os menores. Essa situação gerou o contato inicial com a Igreja Adventista do Sétimo Dia, pois a mãe deseja manter os filhos em seu poder, e diz que agora reconhecem que precisam de Deus, se quiserem pôr a vida em ordem.
Com qual dessas famílias gostaria de tornar-se envolvido? A escolha é sua! Qual dessas famílias julga que apresenta maior possibilidade de se tornar bons cristãos, bons adventistas do sétimo dia?
Lembro-me de ter visitado o marido alcoólatra de uma senhora que era membro da igreja. Ao tentar iniciar conversação, ele me encarou com olhos avermelhados, e disse: “Eu realmente admiro os adventistas. É necessário ser uma pessoa forte para ser adventista.”
Você concorda com isso? Ou a pessoa fraca pode tornar-se bom adventista? Seria possível encher a igreja de pessoas fortes, que não pensariam em fazer algo errado, mas que nunca reconheceram sua necessidade de Cristo?
Para o diabo, não faz qualquer diferença se a pessoa se perde dentro ou fora da igreja. E um de seus esquemas para isolar-nos da experiência genuína da submissão, é levar-nos a nos preocupar com os nossos pecados, tentar duramente viver vida correta.
Esforçar-se por renunciar seus pecados é um beco sem saída, seja você forte ou fraco. Se for forte, seu bom comportamento pode tornar-se uma barreira entre você e o Salvador. Se fraco, pode tornar-se tão desencorajado e dominado por suas falhas, que desistirá completamente.
“Não devemos olhar a nós próprios. Quanto mais nos demorarmos em nossas próprias imperfeições, menos força teremos para superá-las.” – Ellen G. White, Review and Herald, 14 de janeiro de 1890.
A nação judaica ao tempo de Cristo demonstrava esse princípio. A igreja judaica estava repleta de pessoas fortes. Era necessário ser um homem forte para tornar-se um fariseu! Contudo, foram as pessoas fortes que rejeitaram a Jesus e, finalmente, O crucificaram.
As pessoas fracas na nação judaica estavam do lado de fora, condenadas como grandes pecadores. Os líderes as haviam excomungado, havia tempo, por suas falhas e pecados. Haviam perdido a esperança de um dia alcançar o Reino. Contudo, essas pessoas fracas se amontoavam em torno de Jesus, aceitavam Sua oferta de graça e se tornavam Seus seguidores mais fiéis.
Parece bastante desesperador para as pessoas fortes, não é mesmo? Devemos todos sair por ai e embebedar-nos, a fim de podermos reconhecer nossa necessidade? Ou todos nós, fortes ou fracos, reconhecemos uma vez mais que nosso comportamento nem nos salva nem causa nossa perdição? Todos precisam ir a Jesus para obter a salvação.
Você é uma pessoa forte? Assim era Paulo. Assim era Nicodemos. Você é fraco? Assim era Maria. Assim eram Pedro e Mateus. Assim era o endemoninhado. Todos tinham uma necessidade comum, a de renunciarem a si próprios e virem a Jesus. Todos descobriram que Ele os aceitava quando vinham a Ele.
Ele aceitará também você hoje

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