Para o pecador, era impossível guardar a lei de Deus, que é santa, justa e boa; mas essa impossibilidade foi removida pela atribuição da justiça de Cristo ao arrependido e crente. A vida e a morte de Cristo em favor do ser humano pecaminoso tiveram o objetivo de restaurar o pecador ao favor de Deus, partilhando com ele a justiça que satisfaria as reivindicações da lei e o tornaria aceito pelo Pai.
Mas, é propósito de Satanás anular e perverter o verdadeiro significado do plano da salvação. Por essa razão, ele elaborou a falsidade de que o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário teve o propósito de livrar o homem da obrigação de guardar os mandamentos de Deus. Ele tem disseminado no mundo o engano de que Deus aboliu Sua constituição, anulou Seu padrão moral e cancelou Sua perfeita e santa lei. Tivesse Deus feito isso, que terrível prejuízo teria sido feito ao Céu!
Em vez de proclamar a abolição da lei, a cruz do Calvário proclama em tons fortes e elevados seu caráter imutável e eterno. Tivesse a lei sido abolida, a morte de Cristo teria sido desnecessária. A morte de Cristo estabeleceu para sempre a questão da validade da Lei de Jeová. Tendo sofrido a penalidade total por um mundo culpado, Jesus Se tornou o Mediador entre Deus e o homem, para restaurar o ser humano arrependido ao favor de Deus, dando-lhe graça a fim de observar a Lei do Altíssimo. Cristo não veio para destruir a lei nem os profetas, mas para cumpri-la ao pé da letra. A expiação efetuada no Calvário vindicou a Lei de Deus como santa, justa e verdadeira, não apenas diante do mundo caído, mas diante do Céu e de todos os mundos não caídos. Cristo veio para engrandecer a lei e torná-la gloriosa.
Ellen White, “Signs of the Times” – 20/06/1895
“Não há segurança nem repouso nem justificação na transgressão da lei. Não pode o homem esperar colocar-se inocente diante de Deus e em paz com Ele, mediante os méritos de Cristo, se ao mesmo tempo continua em pecado. Tem de deixar de transgredir, e tornar-se leal e verdadeiro. Ao olhar o pecador para o grande espelho moral, vê seus defeitos de caráter. Vê-se a si mesmo tal qual é: maculado, corrupto e condenado. Sabe, porém, ele que a lei não pode, de modo algum, remover a culpa ou perdoar ao transgressor. Tem de ir mais longe que isso. A lei é apenas o aio para levá-lo a Cristo. Tem de ele olhar para seu Salvador, o portador dos pecados. E ao ser-lhe revelado Cristo na cruz do Calvário, morrendo sob o peso dos pecados de todo o mundo, o Espírito Santo lhe mostra a atitude de Deus para com todos os que se arrependem de suas transgressões” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 213 – capítulo 26: “A lei Perfeita”).
- quarta-feira, abril 29, 2015
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