O Objetivo da Lei é Condenar ou Salvar?

terça-feira, abril 28, 2015

O Objetivo da Lei é Condenar ou Salvar?


O apóstolo [Paulo] reconheceu as reivindicações da lei, e não se revoltou contra ela pelo fato de revelar sua verdadeira condição. Reconheceu a imagem apresentada, mas não pediu à lei: “Limpa-me; purifica-me!” Voltou-se ao Calvário. Caiu sobre a Rocha que é Jesus Cristo e se deixou despedaçar. Reconheceu que ninguém é justificado pelas obras da lei, pois o objetivo dela é condenar, não é salvar; não é perdoar, mas convencer. Ela não pode, em nenhum grau, reduzir o rigor de seus requerimentos. Se um deles pudesse ser deixado à parte, toda a lei seria abolida, pois alterar qualquer mandamento para livrar um infrator tornaria inválidos os demais. Há somente uma esperança para o pecador. Acaso, estaria essa esperança nas cerimônias exteriores? Na rigorosa observância dos deveres religiosos? Estaria ela nas penitências ou nas horas dedicadas à meditação e à oração? Acaso, estaria na abnegação? No atendimento aos pobres e na prática de feitos meritórios? Não! Nenhuma dessas coisas trará salvação a uma pessoa. A questão permanece: “Ficaria o Senhor satisfeito com milhares de carneiros, com dez mil ribeiros de azeite? Devo oferecer meu filho mais velho por causa da minha transgressão, o fruto do meu corpo por causa do pecado que eu cometi?” Não; nenhum ser humano pode permanecer diante de Deus por seus próprios méritos. A salvação acontece apenas porque Jesus pagou o débitoO homem nada pode fazer, absolutamente nada, para merecer a salvação. Disse Jesus: “Sem Mim vocês não podem coisa alguma”. Todo mérito pertence ao nosso Redentor. Todas as capacidades humanas vêm somente por meio de Cristo, e nós podemos dizer a respeito do nosso melhor desempenho: “Todas as coisas vêm de Ti e das Tuas mãos Te damos”.
É a graça de Cristo que atrai o ser humano para Ele. Somente nEle há esperança e salvação para o pecador. O ser humano é indigno de qualquer favor de Deus; porém, como Cristo Se torna sua justiça, ele pode pedir e receber, em Seu nome e através de Seus méritos, a graça e o favor de Deus. Jesus levou sobre Si a penalidade da lei, para que pudéssemos ter Sua graça. Mas esse fato não significa subversão da lei. Paulo afirmou: “Anulamos então a lei pela fé? De maneira nenhuma! Ao contrário, confirmamos a lei”. O benefício da graça de Deus sobre o pecador é que ele pode ser conduzido em perfeita harmonia com o governo do Céu. Na cruz, a misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram.
Ellen White, “Signs of the Times” – 10/11/1885

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